segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Associação Criança Feliz conquista 4º Lugar no IX Festival Recria de Música Social

Sábado, dia 26/11/2011, às 14 hs, aconteceu a IX edição do Festival Recria de Música Social no Centro Poliesportivo da Fundação Marcopolo. A atividade foi desenvolvida pelo Projeto Recria Fazendo Arte Educação e financiado pela Lei Roanet de Incentivo a Cultura em parceria com a Fundação Marcopolo.

O evento se constitui na produção anual na área da música, que resulta no Festival da Música Social, quando são apresentadas composições inéditas. As canções podem ser escritas por educadores em conjunto com as crianças e adolescentes, porém não é permitido adultos na execução das músicas. As músicas inscritas são apresentadas e avaliadas por jurados e as 12 melhores integrarão a gravação de um cd.





Esta edição teve a participação de 26 entidades, entre elas a Associação Criança Feliz, que apresentou com o coral Herdeiros do Futuro a música " A MÃE NATUREZA", letra de Stephanie Alnoch Sander Villa, de 11 anos de idade, moradora do Loteamento Victório Trez e melodia de Rinaldo Fernandes, professor de música da ACF.
Com esta música a ACF conquistou a 4ª posição e participará da gravação do CD "IX FESTIVAL RECRIA".
Parabéns aos alunos e educadores da ACF por essa conquista!








Assista abaixo o vídeo da apresentação da ACF




Veja mais sobre a ACF no site: www.acriancafeliz.org.br
Conheça o Recria Livre no site: www.recria.org.br

sábado, 26 de novembro de 2011

Moradores do Bairro Fátima Baixa visitam obras dos sobrados

Neste sábado, dia 26/11/2011, por volta das 9:00 hs, moradores do Bairro Fátima Baixa acompanhados de representantes da secretaria municipal de habitação de Caxias do Sul e da Coordenadora do Projeto de Reassentamento do Bairro Fátima Baixa, a Advogada Rosane Hambsch, fizeram uma visita as obras dos sobrados no Loteamento Victório Trez. Devido a vários problemas técnicos, estes por sua vez, estão muito atrasados, o que ocasionou frustração de muitos ocupantes desta modalidade de moradia. Apesar de tantos problemas, os futuros moradores confraternizaram com um piquenique em frente aos sobrados, chamando-o de Piquenique da Paz.
Segundo Rosane, pretende-se entregar as obras pelo início de 2012 porém uma data específica é difícil antecipar. Com o avanço das obras na RS 122, a desocupação da área deve ser imediata.
Com isso, moradores daquela região serão beneficiados pela prefeitura municipal com o Aluguel Social, ou seja, o morador desocupa sua casa, procura um outro imóvel para morar provisoriamente e o aluguel deste imóvel é pago pela prefeitura, até que as obras dos sobrados, nos quais irão morar, fiquem prontas. Sua casa é derrubada, dando lugar a duplicação e ampliação da RS 122.
Rosane ressalta que nenhuma família está ou ficará desamparada. Tudo está sendo feito com seriedade e respeitando os critérios dos habitantes desta área.

Veja abaixo o recado da Dra. Rosane.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reaprendendo a conviver

A sociedade humana é um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas as outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos. Sem a vida em sociedade, as pessoas não conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante muito tempo, necessita de outros para conseguir alimentação e abrigo. E no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando nas cidades, com hábitos que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem não necessite dos outros muitas vezes por dia.
Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material, como os alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transporte e os cuidados de saúde. Elas são também de ordem espiritual e psicológica. Toda pessoa humana necessita de afeto, precisa amar e sentir-se amada, quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem. Além. disso, todo ser humano tem suas crenças, tem sua fé em alguma coisa, que é a base de suas esperanças. Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. Assim, por exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possível uma pessoa muito rica isolar-se em algum lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos. Mas essa pessoa estaria, em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da solidão, precisando de alguém com quem falar e trocar idéias, necessitada de dar e receber afeto. E muito provavelmente ficaria louca se continuasse sozinha por muito tempo. Mas, justamente porque vivendo em sociedade é que a pessoa humana pode satisfazer suas necessidades, é preciso que a sociedade seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse fim.

E não basta que a vida social permita apenas a satisfação de algumas necessidades da pessoa humana ou de todas as necessidades de apenas algumas pessoas. A sociedade organizada com justiça é aquela em que se procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas necessidades, é aquela em que todos, desde o momento em que nascem, têm as mesmas oportunidades, aquela em que os benefícios e encargos são repartidos igualmente entre todos. Para que essa repartição se faça com justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos e exijam que eles sejam respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus deveres e suas responsabilidades sociais. (Fonte: Dalmo de Abreu Dallari)

E por que REAPRENDENDO A CONVIVER? Todos nós, adultos, jovens e crianças, temos nossos conceitos do que é o certo ou errado na convivência em sociedade e na própria família. Cada um sabe suas regras, seus direitos e deveres para viver em plena harmonia. O problema é que nem sempre o meu certo é o certo do outro. E quando alguém tenta impor o seu certo acaba invadindo um campo sagrado, que poderia ser chamado de cultura e tradição da família, ou seja, aqueles valores e conceitos que a muitas gerações vêem sendo seguidos, são como uma religião e desse modo é muito difícil alguém, de maneira que for, implantar idéias para mudar tais tradições.
Creio que falo em nome de todos no Loteamento Victório Trez, pois lá, no Fátima Baixa, todos morávamos em casas individuais e não havia a necessidade de dividir despesas e muito menos nos preocuparmos com a forma na qual cada família vivia. Porém agora tudo isso mudou. Tomar decisões sobre nossas moradias agora não é assunto de família e sim de famílias, no plural. Não posso simplesmente fazer algo, o mais simples que seja, sem antes ouvir a opinião dos demais moradores. O que para muitos pode parecer um problema, para mim é uma grande vantagem perante a situação anterior. Agora, nessa nova forma de convivência, podemos adquirir bens para nosso prédio com facilidade pois o valor se divide e as condições para se pagar aumentam. Bens esses que antes eram quase impossíveis de se obter. Outra vantagem que vejo é que estamos reaprendendo o significado da palavra ouvir. Nunca foi debatido tanto e nunca tivemos tanto interesse em como será o futuro de nossos filhos nessa sociedade que renasceu.

Se os animais irracionais podem, por que nós racionais não?
Admitir erros do passado e corrigi-los está sendo o maior desafio dos moradores do Loteamento Victório Trez. Ninguém aqui é soberano e dono da verdade. Ninguém aqui sabe mais que o outro. Todos nós temos defeitos e qualidades. Sabemos onde podemos mudar e o que devemos mudar. Temos a consciência que será uma longa jornada até a conquista de nossos ideais. Não basta encontrar os problemas! É preciso encará-los de frente e combatê-los!
É isso que estamos fazendo, dia a dia, um de cada vez. Fácil? Quem disse que seria? Mas não impossível!
Mesmo sem saber, todos nós dependemos de outras pessoas para viver. É um ciclo que nunca acaba.
Um ligado ao outro, precisando de algo que alguém tem a oferecer. Foi assim e será assim sempre.
E o respeito é o principal ingrediente para a receita do sucesso.

Fábio R. Villa - Morador do Loteamento Victório Trez