quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Pirataria e carga tributária estão acabando com a economia no Brasil

Os brasileiros são os turistas que mais compram nos EUA: US$ 4,8 mil por pessoa, à frente dos japoneses.

Nossos gastos no exterior em 2010 tinham passado de US$ 11 bilhões até setembro, um recorde. Agências de turismo já oferecem pacotes sem parques de diversão no roteiro, só com traslados para grandes shoppings e outlets.

Estamos virando um país de contrabandistas. Natural. Veja o caso do iPad. Aqui, nos EUA ou na Europa, ele é importado. Vem da China. Em tese, deveria custar quase igual em todos os países, já que o frete sempre dá mais ou menos a mesma coisa. Mas não. A versão básica custa R$ 800,00 nos EUA. Aqui não sai por menos de R$ 1.800,00. No resto do mundo desenvolvido é raro o iPad passar de R$ 1.000,00. E isso vale para qualquer coisa. Numa viagem aos EUA dá para comprar um notebook moderno que aqui custa R$ 5.500,00 por R$ 2.300,00. Ou um videogame de R$ 500,00 que bate em R$ 2.000,00 nos supermercados daqui. E os carros, então? Um Corolla zero custa R$ 28.000,00. Reais. Aqui, sai por mais de R$ 60.000,00 o básico. E ele é tão nacional nos EUA quanto no Brasil. A Toyota fabrica o carro nos dois países.

Por que tanta diferença? Primeiro, os impostos. Quase metade do valor de um carro (40%) vai para o governo na forma de tributos. Nos EUA são 20%. Na China também. Na Argentina, 24%. O padrão se repete com os outros produtos. E haja tributo. Enquanto o padrão global é ter um imposto específico para o consumo, aqui são 6 - IPI, ICMS, ISS, Cide, IOF, Cofins. Ufa. Essa confusão abre alas para uma sandice que outros países evitam: a cobrança de impostos em cascata. O ICMS, por exemplo, incide sobre o Cofins e o PIS. Ou seja: você paga imposto sobre imposto que já tinha sido pago lá atrás. Tudo fica mais caro. E quando você soma isso ao fato de que não, não somos um país rico, o vexame é maior ainda. Levando em conta o salário médio nas metrópoles e o preço das coisas, um sujeito de Nova York precisa trabalhar 9 horas para comprar um iPod Nano (R$ 256,00 lá). Nas maiores capitais do Brasil, um Nano vale 7 dias de trabalho do cidadão médio ou até um mês inteiro de salário de alguns habitantes brasileiros. (R$ 549,00).

A bagunça tributária do Brasil não é novidade. A diferença é que os efeitos dela ficam mais claros agora, já que existem mais produtos globalizados (Corolla, iPad...) e o real valorizado aumenta o nosso poder de compra lá fora (quando a nossa moeda não valia nada, antes de 1994, era como se vivêssemos em outra galáxia - não dava para fazer comparações).

Mas sozinho o imposto não explica tudo. Outra razão importante para a disparidade de preços é a busca por status. Mercado de luxo existe desde o Egito antigo. Mas no nosso caso virou aberração. Tênis e roupas de marcas populares lá fora são artigos finos nos shoppings daqui, já que a mesma calça que custa R$ 150 lá fora sai por R$ 600 no Brasil. O Smart é um carrinho de molecada na Europa, um popular. Aqui virou um Rolex motorizado - um jeito de mostrar que você tem R$ 60 mil sobrando. O irônico é que o preço alto vira uma razão para consumir a coisa. Às vezes, a única razão. Como realmente estamos ficando mais ricos (a renda per capita cresceu 20% acima da inflação nos últimos 10 anos), a demanda por produtos de preços irreais continua forte. Os lucros que o comércio tem com eles também. E as compras lá fora idem.

O resultado mais sombrio disso é o que os economistas chamam de doença holandesa: o país enriquece vendendo matéria-prima e deixa de fabricar itens sofisticados - importa tudo (ou vai passar o feriado em Miami e volta carregado). Por isso mesmo o governo reclama da desvalorização excessiva do dólar e do euro, que deixa tudo ainda mais barato lá fora. Aí não há indústria que aguente.

Mas tem um outro lado aí. "É interessante ver que parte da indústria importa bens intermediários, que são usados para fazer outros produtos. E agora eles serão mais baratos. Então o câmbio apreciado pode ser bom", diz o economista Carlos Eduardo Gonçalves, da USP.

O governo também tem agido contra o mal do câmbio. Em agosto, cortou várias taxas de máquinas industriais e zerou os impostos para a fabricação de aviões. Outros 116 bens da indústria de autopeças que não têm similar nacional tiveram seu imposto de importação praticamente zerado. Já é um começo. Esperamos que, em breve, passar 9 horas no avião para comprar um laptop possa deixar de fazer sentido. Porque é bizonho.
Quer pagar quanto?

Preços de alguns produtos no Brasil e nos EUA, em reais:

Hyundai Veracruz
EUA - R$ 48.000,00
Brasil - R$ 150.000,00

Playstation 3
EUA - R$ 350,00
Brasil - R$ 1.500,00

Perfume CK One 200 ml
EUA - R$ 50,00
Brasil - R$ 299,00

Carrinho de bebê Chicco
EUA - R$ 500,00
Brasil - R$ 1.849,00

Quem nunca ouviu falar na Rua 25 de Março situada na cidade de São Paulo?
Esta é a prova viva que no Brasil comprar produtos pirateados já faz parte da cultura do povo.
Ninguém liga se estão acabando com uma empresa séria ou com o trabalho de milhares de brasileiros como eles que dependem de um salário para viver e sustentar sua família. O negócio é economizar a qualquer custo. Eu diria que o maior motivo para o Brasil ser país de "terceiro mundo" e EUA de "primeiro mundo" se descreve na foto ao lado.
A pirataria moderna se refere ao desrespeito aos contratos e convenções internacionais onde ocorre cópia, venda ou distribuição de material sem o pagamento dos direitos autorais, de marca e ainda de propriedade intelectual e de indústria. Os casos mais conhecidos são as cópias de produtos (falsificação), quer pelo uso indevido de marca ou imagem, com infração à legislação que protege a propriedade artística, intelectual, comercial e/ou industrial.
A pirataria envolve os mais diversos produtos, desde roupas, utensílios domésticos, remédios, livros, softwares e qualquer outro tipo de produto que possa ser copiado.
O comércio, a exposição à venda, ou a distribuição de pirataria é um crime no Brasil. A Lei 10.695, de 1 de Julho de 2003 altera partes do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 acrescentando ao artigo 184, §4º, que ressalva que a criação de uma cópia pelo copista para uso próprio e sem intuito de lucro, do material com direitos autorais, não constitui crime.
Cerca de 42% da população utiliza algum tipo de produto pirateado. Em pesquisa feita pela Fecomércio-Rio e Instituto Ipsos os produtos mais pirateados são os CDs, DVDs, óculos e relógios.
A pirataria como parte do cotidiano já é um conceito definido há tempos. A compra de produtos no mercado informal já faz parte integral do cotidiano brasileiro desde a época da tecnologia de vídeo VHS. Tanto os preços inacessíveis e desinteressantes ao público, independentemente da camada social, tornam a pirataria a quase que exclusiva e viável alternativa ao consumidor. A se acrescentar que o próprio Poder Judiciário brasileiro tem decisões que não compreendem a pirataria como crime, justamente em função da adequação social dos fatos, entretanto o STJ e o STF vêm reafirmando a penalização.

E que atire o primeiro real quem nunca entrou em uma loja denominada "1,99" ou em "CAMELÓDROMO".
E aí vai algo muito engraçado pois a polícia federal fiscaliza e prende os infratores e suas mercadorias. Então as prefeituras vão e constroem um lugar no centro das grandes cidades para tais contrabandistas. Você já viu camelódromo nos EUA? Claro que não pois lá a tolerância para contrabando é ZERO. Com isso quem ganha são os próprios moradores daquele país pois sua economia cresce, os empregos aumentam, as indústrias e comércio se desenvolvem e o governo, mesmo cobrando muito menos imposto que no Brasil, ganha muito mais.
Essa novela já é velha mas quem sabe um dia o brasileiro aprenda a dar valor aos produtos fabricados aqui ou importados legalmente e talvez com isso os governantes vejam que podem sim baixar os impostos e então nossos produtos originais serão tão baratos quanto os falsificados vendidos no comércio ilegal.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Associação Criança Feliz conquista 4º Lugar no IX Festival Recria de Música Social

Sábado, dia 26/11/2011, às 14 hs, aconteceu a IX edição do Festival Recria de Música Social no Centro Poliesportivo da Fundação Marcopolo. A atividade foi desenvolvida pelo Projeto Recria Fazendo Arte Educação e financiado pela Lei Roanet de Incentivo a Cultura em parceria com a Fundação Marcopolo.

O evento se constitui na produção anual na área da música, que resulta no Festival da Música Social, quando são apresentadas composições inéditas. As canções podem ser escritas por educadores em conjunto com as crianças e adolescentes, porém não é permitido adultos na execução das músicas. As músicas inscritas são apresentadas e avaliadas por jurados e as 12 melhores integrarão a gravação de um cd.





Esta edição teve a participação de 26 entidades, entre elas a Associação Criança Feliz, que apresentou com o coral Herdeiros do Futuro a música " A MÃE NATUREZA", letra de Stephanie Alnoch Sander Villa, de 11 anos de idade, moradora do Loteamento Victório Trez e melodia de Rinaldo Fernandes, professor de música da ACF.
Com esta música a ACF conquistou a 4ª posição e participará da gravação do CD "IX FESTIVAL RECRIA".
Parabéns aos alunos e educadores da ACF por essa conquista!








Assista abaixo o vídeo da apresentação da ACF




Veja mais sobre a ACF no site: www.acriancafeliz.org.br
Conheça o Recria Livre no site: www.recria.org.br

sábado, 26 de novembro de 2011

Moradores do Bairro Fátima Baixa visitam obras dos sobrados

Neste sábado, dia 26/11/2011, por volta das 9:00 hs, moradores do Bairro Fátima Baixa acompanhados de representantes da secretaria municipal de habitação de Caxias do Sul e da Coordenadora do Projeto de Reassentamento do Bairro Fátima Baixa, a Advogada Rosane Hambsch, fizeram uma visita as obras dos sobrados no Loteamento Victório Trez. Devido a vários problemas técnicos, estes por sua vez, estão muito atrasados, o que ocasionou frustração de muitos ocupantes desta modalidade de moradia. Apesar de tantos problemas, os futuros moradores confraternizaram com um piquenique em frente aos sobrados, chamando-o de Piquenique da Paz.
Segundo Rosane, pretende-se entregar as obras pelo início de 2012 porém uma data específica é difícil antecipar. Com o avanço das obras na RS 122, a desocupação da área deve ser imediata.
Com isso, moradores daquela região serão beneficiados pela prefeitura municipal com o Aluguel Social, ou seja, o morador desocupa sua casa, procura um outro imóvel para morar provisoriamente e o aluguel deste imóvel é pago pela prefeitura, até que as obras dos sobrados, nos quais irão morar, fiquem prontas. Sua casa é derrubada, dando lugar a duplicação e ampliação da RS 122.
Rosane ressalta que nenhuma família está ou ficará desamparada. Tudo está sendo feito com seriedade e respeitando os critérios dos habitantes desta área.

Veja abaixo o recado da Dra. Rosane.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reaprendendo a conviver

A sociedade humana é um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas as outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos. Sem a vida em sociedade, as pessoas não conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante muito tempo, necessita de outros para conseguir alimentação e abrigo. E no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando nas cidades, com hábitos que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem não necessite dos outros muitas vezes por dia.
Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material, como os alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transporte e os cuidados de saúde. Elas são também de ordem espiritual e psicológica. Toda pessoa humana necessita de afeto, precisa amar e sentir-se amada, quer sempre que alguém lhe dê atenção e que todos a respeitem. Além. disso, todo ser humano tem suas crenças, tem sua fé em alguma coisa, que é a base de suas esperanças. Os seres humanos não vivem juntos, não vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse modo de vida, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. Assim, por exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possível uma pessoa muito rica isolar-se em algum lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos. Mas essa pessoa estaria, em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da solidão, precisando de alguém com quem falar e trocar idéias, necessitada de dar e receber afeto. E muito provavelmente ficaria louca se continuasse sozinha por muito tempo. Mas, justamente porque vivendo em sociedade é que a pessoa humana pode satisfazer suas necessidades, é preciso que a sociedade seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse fim.

E não basta que a vida social permita apenas a satisfação de algumas necessidades da pessoa humana ou de todas as necessidades de apenas algumas pessoas. A sociedade organizada com justiça é aquela em que se procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas necessidades, é aquela em que todos, desde o momento em que nascem, têm as mesmas oportunidades, aquela em que os benefícios e encargos são repartidos igualmente entre todos. Para que essa repartição se faça com justiça, é preciso que todos procurem conhecer seus direitos e exijam que eles sejam respeitados, como também devem conhecer e cumprir seus deveres e suas responsabilidades sociais. (Fonte: Dalmo de Abreu Dallari)

E por que REAPRENDENDO A CONVIVER? Todos nós, adultos, jovens e crianças, temos nossos conceitos do que é o certo ou errado na convivência em sociedade e na própria família. Cada um sabe suas regras, seus direitos e deveres para viver em plena harmonia. O problema é que nem sempre o meu certo é o certo do outro. E quando alguém tenta impor o seu certo acaba invadindo um campo sagrado, que poderia ser chamado de cultura e tradição da família, ou seja, aqueles valores e conceitos que a muitas gerações vêem sendo seguidos, são como uma religião e desse modo é muito difícil alguém, de maneira que for, implantar idéias para mudar tais tradições.
Creio que falo em nome de todos no Loteamento Victório Trez, pois lá, no Fátima Baixa, todos morávamos em casas individuais e não havia a necessidade de dividir despesas e muito menos nos preocuparmos com a forma na qual cada família vivia. Porém agora tudo isso mudou. Tomar decisões sobre nossas moradias agora não é assunto de família e sim de famílias, no plural. Não posso simplesmente fazer algo, o mais simples que seja, sem antes ouvir a opinião dos demais moradores. O que para muitos pode parecer um problema, para mim é uma grande vantagem perante a situação anterior. Agora, nessa nova forma de convivência, podemos adquirir bens para nosso prédio com facilidade pois o valor se divide e as condições para se pagar aumentam. Bens esses que antes eram quase impossíveis de se obter. Outra vantagem que vejo é que estamos reaprendendo o significado da palavra ouvir. Nunca foi debatido tanto e nunca tivemos tanto interesse em como será o futuro de nossos filhos nessa sociedade que renasceu.

Se os animais irracionais podem, por que nós racionais não?
Admitir erros do passado e corrigi-los está sendo o maior desafio dos moradores do Loteamento Victório Trez. Ninguém aqui é soberano e dono da verdade. Ninguém aqui sabe mais que o outro. Todos nós temos defeitos e qualidades. Sabemos onde podemos mudar e o que devemos mudar. Temos a consciência que será uma longa jornada até a conquista de nossos ideais. Não basta encontrar os problemas! É preciso encará-los de frente e combatê-los!
É isso que estamos fazendo, dia a dia, um de cada vez. Fácil? Quem disse que seria? Mas não impossível!
Mesmo sem saber, todos nós dependemos de outras pessoas para viver. É um ciclo que nunca acaba.
Um ligado ao outro, precisando de algo que alguém tem a oferecer. Foi assim e será assim sempre.
E o respeito é o principal ingrediente para a receita do sucesso.

Fábio R. Villa - Morador do Loteamento Victório Trez

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A história da informática

Sei que estou fugindo um pouco dos temas já postados aqui. Porém, não poderia deixar passar em branco uma homenagem a Steve Jobs que faleceu em 5 de outubro de 2011, aos 56 anos, devido a um câncer pancreático.

Steven Paul Jobs nasceu na cidade de São Francisco, Califórnia, EUA, no dia 24 de fevereiro de 1955. Filho de Joanne Simpson e do imigrante sírio Abdulfattah John Jandali. Os seus pais biológicos deram-no para adoção, pois não podiam proporcionar condições para que Steve se formasse na universidade. Outra versão, no entanto, é que o pai de Joanne não queria o casamento e então ela teria decidido dar o bebê para adoção. Foi adotado por Paul e Clara Hagopian Jobs, que lhe deram o nome de Steven Paul. Quando completou 17 anos, entrou na universidade Reed College em Portland, Oregon e, depois de 6 meses, viu-se obrigado a abandonar a universidade, devido aos seus elevados custos.

Ele foi um inventor, empresário e magnata americano no setor da informática. Notabilizou-se como cofundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc. Foi também diretor executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e acionista individual máximo da The Walt Disney Company. No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II. No começo da década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica do usuário guiada pelo mouse, o que levou à criação do Macintosh. Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1984, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ele ajudara a fundar, e ele serviu como seu CEO de 1997.

Em 1996 a Apple, que estava desenvolvendo um novo sistema operacional, comprou a NeXT Computer, de Steve Jobs, para poder usar o NeXTStep como base para o seu novo sistema operacional. Com esta operação Jobs retornou para a Apple - que estava numa situação financeira frágil e a ponto de fechar - em 1997 como consultor. A companhia foi salva a tempo com a venda de 40% das ações à rival Microsoft, com uma ideia e um produto criativo de impacto introduzindo o iMac em 1998 com o novo sistema operacional o Mac OS 9. Com o passar dos anos a Apple readquiriu as ações da Microsoft, que evitaram a sua falência.
Depois do sucesso de vendas dos primeiros iMacs, preparou uma nova revolução, a de refazer o famoso Mac OS, criando uma nova e poderosa plataforma que uniu o poder e a estabilidade do sistema Unix com a praticidade e elegância do tradicional Mac OS. Em 2000 foi lançado o Mac OS X.

Sob a orientação de Jobs, a Apple aumentou suas vendas significativamente depois destas inovações implantadas por ele e a sua equipe. O iMac foi o primeiro computador introduzido no mercado com várias características avançadas, principalmente pelo seu design inovador e pelo material utilizado, basicamente o plástico translúcido e colorido, o que decretou a morte da cor padrão para PCs (o bege), e a partir de então muitos deles passaram a usar este tipo de material nos produtos de informática em geral. Desde então, Jobs trabalhou muito em ideias criativas deste nível obtendo sucesso de vendas com elas.
Uma das suas inovações foi ramificar a Apple para além do seu mercado restrito da informática, passando a atuar na área de eletrônica, telecomunicações (iPhone), músicas digitais (AAC e MP3), com a introdução em 2001 do tocador portátil de música iPod, integrado com a loja de venda legal de música pela Internet através do iTunes, um software dedicado para reprodução de áudio, vídeo, CDs e de rádios online. O iPod conquistou o público pela sua leveza, praticidade, modernidade e simplicidade.

Em 2007 a Apple passou a comercializar telefones moveis, chamados de iPhone, com tecnologia de toque (batizada de multi-touch por aceitar toques simultâneos); em 2008 lançou a versão de tecnologia 3G do aparelho, iPhone 3G; em julho de 2009 lançou o iPhone 3Gs (speed), com comando de voz e muito mais rápido que os modelos anteriores.
Em junho de 2010, a Apple lançou o iPhone 4. Uma das maiores novidades, muito aguardada pelos usuários das versões anteriores, foi a possibilidade do multitask (execução de vários programas simultaneamente), além da câmera com 5 MP com flash, entre outras mudanças. O iPhone 4 foi alvo de polêmicas, após alguns usuários (0,55%, de acordo com a própria fábrica) constatarem que, se tocado em determinado ponto (onde ficava a antena), o equipamento sofria queda de sinal. Poucas semanas depois, Steve Jobs apresentou-se publicamente em uma conferência, admitindo a existência do problema. Para contorná-lo, os usuários teriam duas opções: receber gratuitamente uma espécie de capa para evitar o toque na antena; ou então ir a qualquer loja da Apple para a devolução do dinheiro.

Steve Jobs fazia anualmente palestras emblemáticas (Keynotes), nas MacWorlds, quando lançava as suas tão esperadas ideias para a Apple (e o público ficava muito frustrado quando não havia novidades convincentes nestes eventos da Apple). Jobs e os seus parceiros apresentavam as novidades que a empresa lançaria em cada temporada. Muitas dessas novidades acabavam tornando-se tendência de mercado. No final de 2008, a Apple declarou que a MacWorld 2009 seria a última em que a empresa iria participar. Nesta edição do evento, Phil Schiller, vice-presidente de marketing de produtos da Apple na época, foi o palestrante oficial.
Em 35 anos de existência, a empresa do magrelão Steve Jobs, a Apple, conseguiu ocupar pela primeira vez a marca de maior empresa do mundo. O valor total das ações da fabricante de gadgets e computadores chegou aos US$ 341 bilhões. Valor que superou até a gigante companhia de petróleo Exxon Mobil e a Microsoft.
Veja um dos mais marcantes discursos de Steve Jobs, realizado na Stanford University, localizada da região do Palo Alto no estado da Califórnia nos EUA.


Hoje com 55 anos, Bill Gates foi aliado e adversário de Steve Jobs durante mais de três décadas de atuação na área de tecnologia. As vidas dos executivos se cruzaram inicialmente no fim dos anos 1970, quando ambos criaram suas empresas (a Apple, em 1976, e a Microsoft, em 1975).

Até meados dos anos 1980, a relação entre Jobs e Gates era de colaboração. A Apple estava focada em produzir computadores e sua principal rival era a IBM. A Microsoft produzia um sistema operacional para computadores da IBM (o MS-DOS), mas também desenvolvia programas como processadores de texto e planilha para computadores da Apple. Programas como Word, Excel e Works ajudaram a vender computadores da Apple nos anos 1980.

A relação entre as empresas era tão amistosa que, 1983, Bill Gates chegou a participar de um bem-humorado quadro de “namoro com a Apple”, comandado por Steve Jobs. Neste evento, Gates afirmava que, no ano seguinte, metade da receita da Microsoft viria da venda de programas para computadores da Apple.

Windows azedou relação entre eles.

Apple e Microsoft ficaram em campos opostos pela primeira vez no fim dos anos 1980. O lançamento do Windows, sistema da Microsoft com interface gráfica, levou a Apple a processar a empresa de Gates, em 1988.

A Apple alegava que as convenções de uso do Windows (ícones, uso do mouse para arrastar e soltar objetos, entre outras) haviam sido copiadas do Lisa e do Macintosh, computadores lançados pela Apple em 1983 e 1984. Jobs havia deixado a Apple em 1985, mas rumores deram conta de que ele não teria ficado satisfeito ao ver muitos dos princípios do Macintosh “copiados” pelo rival.

O processo só chegou ao seis anos depois, com derrota da Apple. Durante esse tempo, a empresa viu sua fatia de mercado diminuir consideravelmente. Já a Microsoft só cresceu, pois seu sistema Windows rodava não só em PCs da IBM, mas também de outros fabricantes, como HP e Compaq.

Com volta de Jobs à Apple, parceria é retomada.

Em 1997, a Apple era uma empresa em dificuldades financeiras e com uma participação pequena no mercado de PCs. Foi nesse cenário que Steve Jobs retornou ao comando da empresa e, em uma de suas primeiras medidas como CEO, anunciou um acordo com a Microsoft.

Jobs foi vaiado ao anunciar a parceria, em um evento da Apple em outubro de 1997, mas insistiu que velhas rivalidades teriam que ser deixadas de lado para que a Apple tivesse um futuro melhor. Participando por meio de videoconferência, Bill Gates também ouviu vaias da plateia ao surgir no telão do evento.

Com a parceria, a Microsoft investiu US$ 150 milhões em ações da Apple e renovou seu compromisso em continuar desenvolvendo programas para o Macintosh, entre eles o popular pacote Office. Pendências relativas a patentes também foram resolvidas com o acordo.

William Henry Gates III, mais conhecido como Bill Gates, nasceu em uma família de classe média de Seattle. Seu pai, William H. Gates, era advogado de grandes empresas, e sua mãe, Mary Maxwell Gates, foi professora da universidade de Washington e diretora de bancos. Bill Gates e as suas duas irmãs, Kristanne e Libby, frequentaram as melhores escolas particulares de Seattle, sua cidade natal, e Bill também participou do Movimento Escoteiro ainda quando jovem. Bill Gates foi admitido na prestigiosa Universidade Harvard, conseguindo 1590 SATs dos 1600 possíveis. Abandonou o curso de Matemática e Direito no 3° ano para dedicar-se à Microsoft.

Trabalhou na Taito com o desenvolvimento de software básico para máquinas de jogos eletrônicos (fliperamas) até seus 16 anos. Também trabalhou como pesquisador visitante na University of Massachusetts at Amherst, UMASS, Estados Unidos, quando com 17 anos, desenvolveu junto com Paul Allen um software para leitura de fitas magnéticas, com informações de tráfego de veículos, em um chip Intel 8008. Com esse produto, Gates e Allen criaram uma empresa, a Traf-o-Data, porém os clientes desistiram do negócio quando descobriram a idade dos donos.
Enquanto estudavam em Harvard, os jovens desenvolveram um interpretador da linguagem BASIC para um dos primeiros computadores pessoais a serem lançado nos Estados Unidos - o Altair 8800. Após um modesto sucesso na comercialização deste produto, Gates e Allen fundaram a Microsoft, uma das primeiras empresas no mundo focadas exclusivamente no mercado de programas para computadores pessoais ou PCs.
Gates adquiriu ao longo dos anos uma fama de visionário (apostou no mercado de software na época em que o hardware era considerado muito mais valioso) e de negociador agressivo, chegando muitas vezes a ser acusado por concorrentes da Microsoft de utilizar práticas comerciais desleais.

O primeiro "computador pessoal" foi o Kenbak-1, lançado em 1971. Tinha 256 bytes de memória e foi anunciado na revista Scientific American por US$ 750; todavia, não possuía CPU e era, como outros sistemas desta época, projetado para uso educativo (ou seja, demonstrar como um "computador de verdade" funcionava).

Em 1977, foi lançado o primeiro microcomputador como conhecemos hoje, o Apple II.
Nos anos 1980, a IBM, líder no mercado de grandes computadores, resolveu entrar no mercado da microinformática com o PC, porém faltava o Sistema Operacional. Para isso, fechou contrato com a recém-criada Microsoft. Todavia, a Microsoft não possuía o software ainda. O jovem Bill Gates foi a uma pequena empresa que havia desenvolvido o sistema para o processador da Intel e decidiu comprá-lo, pagou cerca de US$ 50 mil, personalizou o programa e vendeu-o por US$ 8 milhões, mantendo a licença do produto. Este viria a ser o MS-DOS.

Mesmo tendo anunciado a sua aposentadoria da Microsoft, na prática Bill Gates continuará dedicando 20% do seu tempo (um dia por semana) para assuntos relativos à Microsoft. Ele continua a atuar como chairman da Microsoft e conselheiro no desenvolvimento de projetos-chave. Ele somente não estará nas decisões do dia-a-dia e dedicará mais tempo e energia ao seu trabalho relacionado à saúde e educação na Fundação Bill & Melinda Gates.









Veja um pouco dessa magnífica história no filme ABAIXO.
Clique na imagem para fazer o download.
Prefeitura de Caxias cobrará providências de construtora do Loteamento Victório Trez
Moradores de prédios reclamam de infiltrações, rachaduras e problemas de acabamento em portas e janelas
O coordenador do projeto de transferência das famílias moradoras de áreas de risco do Fátima Baixo para o Loteamento Victório Trez, Manoel Marrachinho, diz que a prefeitura vai cobrar providências da empresa contratada para as obras. Na sexta-feira, famílias levaram os problemas de infiltrações, rachaduras e acabamentos defeituosos ao conhecimento da Secretaria Municipal de Habitação.

Segundo Marrachinho, os 12 síndicos dos condomínios do Victório Trez serão ouvidos até quarta-feira. Depois disso, a prefeitura estipulará um prazo de uma semana para a construtora Kaefe Engenharia e Empreendimentos Imobiliários, de São Leopoldo, se manifestar.

O engenheiro responsável pela execução da obra, Juliano Mello, disse que equipes já estiveram identificando os problemas, mas que ainda não pode apontar as causas dos problemas nos prédios.

— O ideal é fazer uma análise. Caso não seja problema da obra, emitiremos um documento para o cliente, identificando a causa e apontando as possíveis soluções — explica.

fonte JORNAL PIONEIRO do dia 17/10/2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tempos difíceis mas que deixarão saudades!

Foi assim que a antiga moradora do Bairro Fátima Baixa, Joceli Santos de Oliveira, descreveu a imagem do lugar onde viveu durante 14 anos totalmente destruída para dar lugar a duplicação da RS 122.
Hoje, ali, só existe uma montanha de entulho. "Essas pedras enterram muitas tristezas que passamos, dificuldades e dor. Mas também as alegrias que vivi aqui!", relata Joceli, com uma lágrima nos olhos. Ela lembra que seu filho, Dataniel Henrique de Oliveira, falecido em fevereiro desse ano, aos 20 anos de idade, por problemas de saúde, sonhava em um lugar melhor pra se viver.


"Ele ia em todas as reuniões e participava das decisões importantes do novo loteamento e quando tudo está pronto e podemos desfrutar, ele morre!", desabafa Joceli com a voz engasgada.


Ela explica que sabe bem dos benefícios que tiveram com o novo loteamento e que não se arrepende de ter ido morar lá porém lembra que as lembranças de uma vida que passou ali jamais serão esquecidas. "...criei meus filhos e minhas netas nasceram aqui!", complementa Joceli, após alguns minutos em silêncio.
Joceli está morando atualmente no Loteamento Victório Trez, em um apartamento de 3 dormitórios, com seus filhos João Paulo e Janaina e com seu esposo João Henrique de Oliveira. Sua outra filha, Cristiane Santos de Oliveira, vive em outro apartamento de 2 dormitórios com suas filhas Agatha e Stefani.




Dataniel Henrique de Oliveira, filho de Joceli, foi um lutador. Esteve presente na busca de melhorias para o bairro Fátima Baixa e na realização de um sonho chamado loteamento Victório Trez.
Aqui mesmo neste blog, Dataniel teve uma participação importante pois várias fotos encontradas aqui foram tiradas por ele. Fui amigo deste fantástico ser humano e nada mais justo que aproveitar esta postagem para homenageá-lo.

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA

domingo, 25 de setembro de 2011

Obras do novo acesso viário entre Caxias do Sul e Flores da Cunha.

Percorrendo hoje a RS 122 que liga Caxias a Flores, percebi que as obras do novo acesso e duplicação estão atrasadas.
Na imagem ao lado vemos que o viaduto que está sendo construído ainda está longe de ficar pronto. Os atrasos se devem as chuvas constantes e ao atraso das obras de reassentamento onde está sendo construído, no Loteamento Victório Trez, os sobrados que em breve serão habitados pelos moradores que vivem as margens da RS 122. Lá, no Lot. Victório Trez, já estão morando mais de 290 famílias retiradas dessa área.
Por baixo desse viaduto será construído o novo acesso entre os bairros da zona norte da cidade e o centro, sendo somente no sentido bairro - centro. Por cima passará a RS 122.


Na imagem ao lado vemos que também está sendo construída uma rua paralela a RS 122, que ligará a Moreira César aos bairros da zona norte no sentido centro - bairros. Essa rua será de mão única e se encontrará com a Av. Dr. Mário Lopes logo após a Escola João de Zórzi. A Av. Dr. Mário Lopes passará a ser mão única no sentido bairro - centro desde a escola até ao viaduto. A partir da escola, seguindo em sentido aos bairros, continuará mão dupla porém será alargada e revitalizada.

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Veja também: Câmara municipal de Caxias do Sul

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Miséria e pobreza são uma realidade cruel

Imagem do Complexo do Alemão - Rio de Janeiro - RJ

Misérias e desigualdades marcam a história de muitos países e de milhões de pessoas há séculos. Resolver o problema é o desafio dos governos desses lugares. No entanto, não é tão simples quanto parece. São diversos fatores que determinam a condição social da maioria da população que não tem condições de sobrevivência.



Muitos estudiosos acreditam que a partir do capitalismo, a desigualdade tornou-se mais evidente. “A pobreza acentuou-se no século XVI com a dissolução do mundo feudal e o surgimento do capitalismo. Houve uma expulsão dos camponeses das terras que lhes forneciam meios para subsistência e essas pessoas não tiveram como reproduzir sua vida e começaram a viver de ajuda e caridade alheia”, afirma o professor Ricardo Musse, doutor em Filosofia da Universidade de São Paulo.

Nesse sentido, um dos importantes nomes da história na discussão do problema é o filósofo Karl Marx (1818-1883), que interpreta a miséria como um instrumento utilizado pelas classes dominantes. Para ele, a desigualdade é resultado da divisão de classes – entre aqueles que detêm os meios de produção e os trabalhadores, que só têm a força de trabalho para garantir a sobrevivência. “Como Marx mostrou, para que esse sistema funcione é necessária a existência de trabalhadores desprovidos dos meios de produção. A desigualdade, portanto, depende do modo como a sociedade organiza a produção e a distribuição dos bens que consome”, declara Musse.

Nesta imagem vemos a grande desigualdade social em nosso país.
A má distribuição da renda é uma das principais causas da pobreza em muitos lugares do mundo. A doutora em Antropologia, Márcia Anita Sprandel, autora do livro “A Pobreza no Paraíso Tropical”, avalia que não basta o País ter um alto crescimento econômico se não houver repartição das riquezas de forma justa. “Um modelo concentrador de rendas, terras e dilapidador dos recursos naturais, provavelmente, aumentará o abismo entre ricos e pobres.”

A economista da Unicamp Wilnês Henrique concorda que é preciso aliar crescimento econômico com outras políticas. “É fundamental um crescimento que gere empregos e que propicie aumento de salários e renda. Precisamos de justiça social e de um crescimento qualitativo. Não adianta, por exemplo, gerar muitos empregos com péssimos salários. Assim, a população não pode ter acesso à moradia adequada, a um transporte de qualidade, a saneamento básico e a uma escola de qualidade.”

Brasil - O que o País poderia ter feito para reverter esse quadro de pobreza? Ao fazer uma análise histórica, muitos especialistas afirmam que seria possível o Brasil não carregar essa herança de desigualdades. Segundo o doutor em Sociologia da Universidade de São Paulo, Leonardo Mello, um dos principais fatores determinantes nesse cenário da sociedade brasileira foi a situação secular de dependência. “Primeiro, fomos colônia, depois, satélite do capitalismo comercial, sobretudo inglês. Em seguida, o Brasil foi mercado para os produtos industrializados dos países ricos. E hoje, somos abrigo rentável para o capital especulativo da finança global.” E completa: “Nada precisava ter sido assim. Foi uma escolha das classes dominantes e que os dominados não tiveram força para reverter.”

Já Wilnês Henrique considera que o perfil do Brasil mudou muito nas últimas décadas. Isso levou o País a reproduzir uma enorme mas-sa de pobreza. “O Brasil se transformou em outro, principalmente dos anos 50 aos 70. De uma economia agrícola voltada para exportação, nos tornamos uma economia industrializada. Nesse período, houve um movimento brutal de expulsão das pessoas do campo e atração para as cidades. Com a indústria, surge uma pobreza nova nas periferias urbanas”, analisa a economista.

Entretanto, Márcia Sprandel explica que as políticas adotadas pelo governo brasileiro têm ajudado o País a reduzir as desigualdades. “Com os programas de transferência de renda do governo e outros programas sociais, como o ‘microcrédito’ e o ‘Luz para Todos’, tem ocorrido uma mudança importante na conjuntura nacional.”

Mas, há opiniões divergentes no que se refere a esse assunto. Ricardo Musse, por exemplo, lembra que houve avanços, “mas não com a rapidez e na dimensão que seria necessário para um País mais justo”. Já Leonardo Mello destaca que a renda ainda está concentrada nas mãos de poucos. “Falta aos responsáveis políticos colocar o público acima do privado.”

A solução para tal problema é impossível de se prever. Porém, pesquisadores afirmam que para combater a pobreza é necessário unir políticas de estímulo ao crescimento econômico e uma melhor distribuição da renda. “Não se reverte um quadro de pobreza de um País de uma hora para outra. Mas precisamos de um crescimento maior, porque temos que solucionar, pelo menos, a questão do emprego. E, além disso, investir em um conjunto de políticas que permitam melhorar as condições de vida da população mais pobre”, conclui Wilnês Henrique.

E no Brasil, como está a situação?

Diariamente todos os brasileiros convivem e visualizam os resultados decorrentes da pobreza, na qual a maioria da população nacional se encontra, os meios de comunicação (revistas, jornais e rádio) divulgam os imensos problemas provenientes de uma sociedade capitalista dividida em classes sociais.

Uma parcela da população acredita que a condição de miséria de milhares de pessoas espalhadas pelo território brasileiro é causada pela preguiça, falta de interesse pelo trabalho, acomodados à espera de programa sociais oferecidos pelo governo, em suma, acham que só não trabalha quem não quer, no entanto, isso não é verdade.

Nas últimas décadas, o desemprego cresceu em nível mundial paralelamente à redução de postos de trabalho, que diminuiu por causa das novas tecnologias disponíveis que desempenham o trabalho anteriormente realizado por uma pessoa, a prova disso são os bancos que instalaram caixas de auto-atendimento, cada um desses corresponde a um posto de trabalho extinto, ou seja, milhares de desempregados, isso tem promovido a precarização dos vínculos de trabalho, isso quer dizer que as pessoas não estão garantidas em seu emprego e todos buscam uma permanência no mesmo, antes a luta principal era basicamente por melhorias salariais, atualmente esse contexto mudou.

Quando um trabalhador é demitido e não encontra um novo emprego em sua área de atuação, ou em outras, fica impedido de gerar renda, sem condições de arrecadar dinheiro através de sua força de trabalho as pessoas enfrentam dificuldades profundas e às vezes convivem até mesmo com a fome.

É comum relatos de professores de escolas de bairros periféricos onde há altos níveis de desemprego a ocorrência de desmaios de alunos por falta de alimentação, muitos estudantes freqüentam a escola por causa da merenda escolar que, pra muitos, é a única refeição do dia.

Esse processo de distribuição de renda e desemprego obriga as pessoas a procurar lugares impróprios à ocupação urbana, como não tem condições financeiras para custear moradias dignas, habitam favelas e áreas de risco desprovidas dos serviços públicos (esgoto, água tratada, saúde, educação, entre outros) que garantem uma melhor qualidade de vida.

Nesse sentido, há uma camada da população que nem sequer tem um “barraco” em uma favela, vivem embaixo de fachadas de lojas, instituições, praças e pontes. A pobreza é decorrente de vários fatores, os principais são os processos de globalização, a modernização dos meios de produção e a desigual distribuição da renda.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Entrega de mais um prédio no Lot. Victório Trez


As 09:00 hs do dia 29/08/2011, no Lot. Victório Trez, foi entregue pela Prefeitura de Caxias do Sul - RS, mais um prédio do Projeto de reassentamento do Bairro Fátima Baixa.
Esse prédio possui 20 apartamentos, cada um com 2 dormitórios, sala e cozinha integradas, área de serviço e banheiro. Um (1) box de garagem para cada ap., área em torno do prédio toda gramada, murada, com grades e calçadas prontas. Localizado na esquina das ruas Martim Neves da Rocha e Joselino Ferreira Borges é um dos 12 prédios entregues pela prefeitura.

Nem mesmo a chuva fina e fria que caia nesta manhã foi motivo para tirar o ânimo dos novos moradores do loteamento. A meses esperando pela entrega das chaves do prédio, todos estavam felizes porém ao mesmo tempo, tristes! Alguns estão deixando um lugar onde passaram uma vida inteira. Tudo lá onde viviam ficará somente nas lembranças pois logo se tornará uma nova Via de acesso a Caxias do Sul.
Neste mesmo dia, foram entregues mais 2 prédios. Um de 2 dormitórios também, logo atrás do prédio da foto e outro de 3 dormitórios, a 200 metros abaixo na Rua Joselino Ferreira Borges.



Para conhecer melhor esse projeto, confira outras postagens mais antigas abaixo.

O REASSENTAMENTO DO FÁTIMA BAIXA
FÁTIMA BAIXA - ÁREA A SER REMOVIDA
CÂMARA MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL
IMAGENS DOS PRÉDIOS DE 2 DORMITÓRIOS

sábado, 27 de agosto de 2011

O Que é uma comunidade carente?


Pobreza, carência, miséria? Aqui?
Bom, depende de qual ponto de vista estamos analisando a situação.
Caxias do Sul é uma das cidades brasileiras com o maior índice de empregos do Brasil. Tem trabalho em qualquer área. Pra quem não é qualificado, existem cursos profissionalizantes gratuitos. Pra quem é qualificado, existem vagas a escolher.
Em meu ponto de vista, acredito que não existe pobreza em Caxias do Sul e sim falta de informação e interesse de algumas pessoas em mudar sua situação.
Reclamamos da saúde em nosso país mas você conhece o sistema de saúde de outros países?
Veja um pouco sobre os 20 países mais pobres do mundo e reflita.

Um país que apresenta baixo índice de desenvolvimento humano, industrialização tardia ou inexistente, baixa produtividade agrícola, disparidades sociais, fome e endividamento é um grande candidato a fazer parte do grupo dos países mais pobres do mundo. Segundo o consenso mundial, para um determinado país superar o seu grau de pobreza, torna-se necessário diversificar a sua economia e desenvolver soluções para as suas questões sociais.
A maioria dos países pobres possui uma produção centralizada e dependente de um produto ou matéria-prima predominante para o mercado interno e para a exportação. Os países menos avançados (PMA) têm recebido créditos e incentivos das Nações Unidas e de países desenvolvidos para ampliarem suas bases econômicas.


Esses esforços estão direcionados a ajudar cada país pobre economicamente a conseguir construir uma futuro melhor por meio da diversificação de suas produções agrícolas e industriais, dependendo menos de matérias-primas tradicionais.

Somente a diversificação econômica permitirá a essas nações possuir uma estrutura que os protejam de possíveis crises externar no cenário econômico mundial, e nas áreas energéticas e de produção de alimentos. Ressaltando também, melhor possibilidade de sobrevivência e reconstrução perante desastres naturais.

Projetos de recuperação econômica das nações pobres têm sido desenvolvidos em parceria com a ONU, por meio do Conselho de Comércio e Desenvolvimento da CNUCED – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – entidade que realiza reuniões periódicas para estas finalidades.

As reuniões do CNUCED sempre focalizam na transformação estrutural dos países menos avançados (PMA) e prepara as bases de discussões para as conferências. A categoria dos países menos avançados (PMA) foi criada em 1971, nos últimos quarentas anos, o número de países pertencentes à esta categoria dobrou, chegando ao número de 49 nações integrantes.


Anualmente, a ONU publica o IPH ( Índice de Pobreza Humana ) que , ultimamente, considera o número de morte de recém nascidos, percentagem de adolescentes com escolaridade básica, crianças abaixo do peso e a renda familiar. A maioria dos países com os piores índices são do continente africano, destacando-se apenas três países não africanos: Timor Leste, Bangladesh e Papua Nova Guiné.

Índice de Pobreza:

Chade – 56.9%
Mali – 56.4%
Burkina Fasso – 55.8%
Etiópia – 54.9%
Níger – 54.7%
Guiné – 52.3%
Serra Leoa – 51.7%
Moçambique – 50.6%
Benin – 47.6%
Guiné-Bissau – 44.8%
Central Africano República – 43.6%
Senegal – 42.9%
Timor-Leste – 41.8%
Zâmbia – 41.8%
Gâmbia – 40.9%
Bangladesh – 40.5%
Papua Nova Guiné – 40.3%
Zimbábue – 40.3%
Angola – 40.3%
Costa do Marfim – 40.3%





Abaixo, você pode ter uma noção de tamanha pobreza.
O nº ao lado do país, multiplicado por $1,00 (dólar), corresponde ao valor que cada habitante, em média, tem por dia para viver. No último da lista abaixo, por exemplo, você verá que um habitante de Serra Leoa tem $ 0,27 centavos de dólar ou R$ 0,40 centavos de real por dia pra viver. Isso daria R$ 12,00 reais por mês.









Ruanda (0.431)
Guiné (0.425)
Benin (0.421)
Tanzânia (0.407)
Costa do Marfim (0.399)
Zâmbia (0.389)
Malawi (0.388)
Angola (0.381)
Chade (0.379)
República do Congo (0.365)
Africa Central (0.361)
Etiópia (0.359)
Moçambique (0.354)
Guiné Bissau (0.350)
Burundi (0.339)
Mali (0.326)
Burkina Faso (0.302)
Níger (0.292)
Serra Leoa (0.273)

E você, o que acha sobre isso?
O que poderia ser feito para mudar essa situação mundial?
Será que as prioridades dos habitantes desses países sitados acima são parecidas com as nossas?
Será que eles se preocupam se a carne é de 1º ou de 2º?
Se o tênis é NIKE ou não?
Se o carro é BMW ou fusca?
E a pergunta mais importante de todas...





QUANTAS REFEIÇÕES VOCÊ FEZ HOJE?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SOAMA - Favela de cães ou cãodomínio, o que é pior?

De São Virgílio da 6ª Légua para o mundo, a Sociedade Amigos dos Animais (Soama) colocou Caxias do Sul, por meio da Agência Reuters, no mapa do abandono animal. Uma matéria retratando as condições da chácara da Soama, que tem uma dívida de quase R$ 30 mil em ração, e apontando as necessidades dos animais está sendo veiculada atualmente pela agência de notícias.
A equipe da Reuters Brasil, após ver matérias na internet e nas TVs Record e Rede TV, se impressionou com a existência do que chamam de “cãodomínio”. Os jornalistas visitaram a chácara da Soama, que abriga atualmente cerca de 1.800 animais, e perceberam um potencial para uma notícia de relevância internacional: o Brasil, um país conhecido mundialmente pelas suas favelas, também tem uma favela de animais.
Em maio desse ano, uma equipe da Reuters fretou um táxi aéreo e visitou a chácara para filmagens. Em seguida, voou a Porto Alegre para entrevistar a diretora de marketing voluntária da instituição, Natasha Oselame Valenti.

Assista o vídeo da matéria feita pela Reuters.


Na reportagem, Natasha confirma que sim, Caxias tem realmente uma favela de cães. Por mais que a matéria não tenha mostrado o trabalho dos voluntários da Soama, ela deixou claro que briga pela mudança no quadro de abandono de animais:
“A ênfase da matéria foi a favela mesmo. Nós temos vergonha daquela chácara. Aquilo não é vida, é um horror. Mas travamos uma luta diariamente para mudar essa situação”, lamenta Natasha.
A voluntária só lamenta que essa seja a cara que a cidade mostre ao mundo: a de quem não respeita seus animais.


“Que vergonha, Caxias do Sul. Que vergonha. Está na hora do pessoal acordar. Se tem menos vergonha da favela do que do jeito que Caxias trata seus animais. A chácara da Soama é um retrato disso.”


Ao entrar na sede da Soama (Sociedade Amigos dos Animais), a primeira reação do visitante é de espanto. Milhares de olhos se voltam para o portão de acesso e um som de latidos inicia aos poucos, até tomar conta da atmosfera. É neste terreno de 1,5 hectare, afastado do centro da cidade, onde vivem cerca de 1.600 cachorros e 200 gatos abandonados nas ruas de Caxias do Sul (a 125 quilômetros de Porto Alegre), na serra gaúcha.

Não se trata de uma favela de cães, como a chácara ficou conhecida. A Soama está mais para um campo de refugiados, onde centenas de animais, antes abandonados à própria sorte, recebem atenção e esperam por um novo lar. Só em 2010, a instituição recebeu 914 cães e gatos, e conseguiu novos lares a 491 deles.

Há 13 anos a ONG (organização não-governamental) atende os bichos, antes de encaminhá-los à adoção. São todos recolhidos da rua em péssimas condições: alguns atropelados, outros espancados. Na chácara eles são medicados e, a maioria, castrados e identificados por chip.

A organização sobrevive com a dedicação de duas dezenas de voluntários mais assíduos, afirma Natasha Oselame Valenti, 34 anos, diretora de marketing da ONG, e filha de Dinamar Oselame, uma das fundadoras. Com o auxílio deles foi desenvolvida uma grife própria, que comercializa pela internet diversos produtos, como camisetas, chaveiros e chinelos, que ajudam na renda da ONG.

Da prefeitura de Caxias do Sul – que também cede o terreno para a Soama - vem uma verba mensal, que serve para o pagamento de dez funcionários, um veterinário e 14 toneladas de ração por mês.

“Descobrimos que existe uma lei federal que afirma que os animais são tutelados pelo Estado. Procuramos o Ministério Público, que fez com que essa lei seja cumprida em Caxias”, conta Natasha, ao se referir ao artigo primeiro do decreto 4.645, de 1934.


A imagem das casinhas de madeira dispostas por toda a extensão do lugar dá um ar de aparente desordem. Mas é puro engano. Cada animal tem dois potes, um para água e outro para comida, e fica amarrado à sua casa, o que delimita o seu espaço. Eles não podem ficar soltos, já que são separados por tamanho, idade, humor e agressividade.

São poucos os ferozes, como um, sem nome, de grande porte, que Bira, um dos tratadores, advertiu: “não chega perto desse aí, não”. Jorge Maciel, o Bira, tem 49 anos e há 12 meses trabalha na Soama. Era restaurador de móveis, até que foi chamado à chácara para realizar um pequeno conserto. “Foi o destino que me trouxe aqui.”

Bira é o “empregador”, o homem que avalia se o novo servente tem condições de trabalhar no cuidado dos bichos. “Esses animais dependem da gente para comer e beber. Por isso esse tipo de trabalho tem que se fazer com alegria e amor.”

Há cerca de um ano Giovane da Silva, 20 anos, ex-ajudante em uma transportadora, passou pela aprovação de Bira. O trabalho na ONG é menos braçal, mas exige muito ânimo: “A gente trabalha até em fim de semana. Mas vale muito a pena. Quando estou de folga, sinto saudade dessa bicharada”, admite o jovem, enquanto caminha pelas centenas de cachorros, repondo os potes de água um a um.

Preconceito
“Por que o vira-lata vale menos? O cachorro adotado é eternamente grato ao seu dono”, afirma Natasha, ao condenar o preconceito da população com os animais com mistura de raças. Ela tem realizado palestras em escolas da cidade para divulgar o trabalho da organização e ensinar a importância de se tratar um animal com respeito. “É difícil fazer o adulto que pensa que bicho é um objeto mudar de idéia. Porém, as crianças são muito mais abertas.”

E é por muitos desses adultos que Natasha é questionada sobre o trabalho que faz. “Tanta criança passando fome na rua, alguns dizem. Então respondo: compaixão é por tudo e por todos.”

Visite o site da SOAMA e descubra como ajudar CLICANDO AQUI

sábado, 20 de agosto de 2011

Assistência jurídica gratuita.

A partir do dia 16/08/2011, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS-Norte), com sede no bairro Santo Antônio, disponibilizará orientação judiciária gratuita para famílias pobres de 23 bairros da Zona Norte de Caxias do Sul.



A iniciativa é um projeto da Fundação de Assistência Social (FAS) e da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Inicialmente, um professor de Direito da UCS e alunos estagiários prestarão orientação na área cível, previdenciária e de família. Dependendo da avaliação, os casos serão encaminhados para o Poder Judiciário ou para espaços de mediação e de Justiça Restaurativa.

O projeto se trata de uma extensão do Serviço de Assistência Jurídica (Saju) da UCS, que atende famílias que não podem pagar por um advogado em Caxias. A presidente da FAS, Maria de Lurdes Grison, lembra que a parceria está prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos.

A meta é começar pela Zona Norte, uma das mais carentes de Caxias. Posteriormente, o serviço deve ser oferecido nos outros quatros CRAS espalhados pela cidade. Os atendimentos na Zona Norte serão realizados semanalmente, sempre nas terças-feiras à tarde, mediante agendamento.

O CRAS-Norte fica na Rua das Fruteiras, 925, no bairro Santo Antônio. Telefone: (54) 3901.1484.

Fonte Jornal Pioneiro - Matéria: Adriano Duarte | adriano.duarte@pioneiro.com